80% das grávidas atendidas pelo SUS em SP têm problemas bucais
Boca pouco saudável está associada a partos prematuros
Um estudo feito pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo indica que oito a cada dez grávidas têm algum problema bucal como, por exemplo, gengivites, cáries e placas. O levantamento feito com base em atendimentos no Hospital e Maternidade Interlagos, maior maternidade pública da zona sul da capital paulista, também revela que 7% das gestantes apresentam doenças graves na boca.
Enjoos e vômitos são reações físicas muito comuns no início da gravidez e encaradas como um processo natural, apesar do incômodo. No entanto, sua recorrência pode provocar erosões ácidas ou descalcificações nas superfícies dos dentes da gestante que aceleram o desenvolvimento de doenças bucais como a periodontite.
O fato é que esses problemas bucais estão associados à ocorrência de partos prematuros e ao nascimento de bebês com baixo peso. O chefe do serviço de Odontologia da Maternidade Interlagos, Francisco Barata Ribeiro, diz em comunicado que as grávidas precisam prestar atenção a isso.
As mudanças hormonais que ocorrem na grávida durante o período de gestação fazem a mulher ficar mais propensa a ter problemas bucais. Por isso, a atenção deve ser redobrada em todo o período, principalmente a partir do segundo trimestre.
A secretaria faz algumas recomendações para as grávidas:
- Substitua alimentos ricos em carboidratos e açúcares por frutas e vegetais;
- Reforce o corpo com vitaminas B, C e cálcio;
- Após vômito por enjoo de gravidez, faça bochecho com água oxigenada ou algum antiácido antes de escovar os dentes;
- Reforce a escovação e o uso de fio dental;
- Aumente a frequência de visitas ao Cirurgião-Dentista.
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